Para quem não sabe o que significa "Putete do Babalaô", pergunte ao Edu baiano, agora quem nao conhece o Edu, sei-lá, imagine uma grande bagunça regada a muita gargalhada e alegria!!! E no que diz respeito a mim, imagine uma grande bagunça mental e verbal!!! Sou louca e quem não é? E a propósito, o que é ser louco?
Pois bem, andei pesquisando no super google e em outras fontes a definição para: louco e loucura. Encontrei vários autores, entre eles médicos, psicólogos, escritores... E a partir de agora, vamos mergulhar no que a ciência e pensadores explicam e definem como louco e loucura.
Loucura
A loucura ou insânia é tradicionalmente um certo comportamento que adentra uma zona de perigo, uma região em que o indivíduo arrisca a si mesmo e aos outros. Esta "região" está geralmente ligada a tabus sociais, como o da autoridade paterna, por exemplo. A tragédia grega e Shakespeare se referem freqüentemente à loucura neste sentido. Segundo a psicologia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia. Em algumas visões sobre loucura, não quer dizer que a pessoa está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade. Na visão da lei civil, a insanidade revoga obrigações legais e até atos cometidos contra a sociedade civil com diagnóstico prévio de psicólogos, julgados então como insanidade mental.
A loucura ao longo do tempo
As significações da loucura mudaram ao longo da história. Na visão de Homero, os homens não passariam de bonecos à mercê dos deuses e teriam, por isso, seu destino conduzido pelos "moiras", o que criava uma aparência de estarem possuídos, ao qual os gregos chamaram "mania".
Para Sócrates, este fato geraria quatro tipos de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. A ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuido por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.
Philippe Pinel, alterou significativamente a noção de loucura ao anexá-la à razão. Ao separar o louco do criminoso, afastou o aspecto de julgamento moral que constituía até então o principal parâmetro da definição da loucura, escreve o médico e psiquiatra Márcio Peter de Souza Leite, membro da Escola Brasileira de Psicanálise, em "A psicose como paradigma", para a revista Viver Mente e Cérebro, nº 4, páginas 30 a 35.
Hegel afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão: "A loucura é um simples desarranjo, uma simples contradição no interior da razão, que continua presente". A loucura deixou de ser o oposto à razão ou sua ausência, tornando possível pensá-la como "dentro do sujeito", a loucura de cada um, possuidora de uma lógica própria.
Hegel tornou possível pensar a loucura como pertinente e necessária à dimensão humana, e afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.
Passando por uma avenida que até agora eu nao sei o nome, parei numa praça que também não sei o nome, mas que tem uma vista maravilhosa. Neste mesmo instante, diante da energia que senti, pensei: Obrigada Deus!!! Estou viva!!! E em seguida uma conclusão se firmou: Louco também é aquele que não vê!
A vida passa, o Sol vem e vai e a correria do dia-a-dia, nos impede de ver e sentir, ou melhor, nós mesmos nos impedimos de sentir o que nos rodeia, de descobrir que é um tesão estar vivo, se sentir vivo!
Ali fico minutos contemplando a paisagem que seduz também aos turistas que em diferentes línguas provam da mesma sensação. E isto é louco, pois o dia está melancolicamente cinza, mas tão claro que preciso dos óculos escuros, tão lindo que fascina!
Levanto-me e sigo em direção ao meu destino. Passando agora pelo parque ao lado que presenteia seus transeuntes com suas belas árvores de secos galhos. Aos olhos humanos parecem sem vida, mas invisivelmente são o prelúdio para a Primavera. Isso é realmente louco se pararmos pra pensar, parece não ter vida, mas tá cheia dela, somente esperando a época para aflorar, se preparando para florecer no tempo certo. A Natureza é mais sábia que louca ou louca pq é sábia? A Natureza acontece assim como a Loucura!
Ao atravessar a rua que percorre toda a extensão do parque, me deparo com placa que indica o nome da mesma e um sorriso acompanhado pela lembrança de uma pessoa querida, talvez a mais surreal e inteligente que já conheci na vida, toma minha face - Rua Do Castilho - uma pessoa cujo sobrenome (para os brasileiros ) ou apelido (para os tugas) é Castilho, que vem depois de Bastos.
E depois desta rua, por outras tantas vou passando e sentindo, lembro-me de pessoas, do homem que hoje me faz muito feliz, de amigas q são minha família aqui, de minha irmã Ká, de minha sobrinha Bi, de minhas mães e pais, de amigos... SOU FELIZ!
Olha quanta coisa que sentimos num simples caminho cheios de emoções se nos permitirmos!
Quem não se permite ver, não sente. quem não se permite ouvir, nao vê! Quem não se desprende do ruim e amargo, não conseguirá jamais saborear e valorizar o bom e o doce!
SENTIR COM OS OLHOS - VER COM OS OUVIDOS
PS. Neste momento ouço Tori Amos, uma super cantora que me foi apresentada por Fabinho, meu queridinho irmãzinho, alguém louquíssimo e que me ajuda a nao perder a loucura existente dentro de mim!!