quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A MINHA FELICIDADE...

...NAO E'A SUA.




O mais recente livro de Carlos Moraes, o ótimo "Agora Deus vai te pegar lá fora", há um trecho em que uma mulher ouve a seguinte pergunta de um major: "Por que você não é feliz como todo mundo?" A que ela responde mais ou menos assim: "Como o senhor ousa dizer que não sou feliz? O que o senhor sabe do que eu digo para o meu marido depois do amor? E do que eu sinto quando ouço Vivaldi? E do que eu rio com meu filho? E por que mundos viajo quando leio Murilo Mendes? A sua felicidade, que eu respeito, não é a minha, major."

E assim é. Temos a pretensão de decretar quem é feliz ou infeliz de acordo com nossa ótica particular, como se felicidade fosse algo que pudesse ser visualizado. Somos apresentados a alguém com olheiras profundas e imediatamente passamos a lamentar suas prováveis noites insones causadas por problemas tortuosos. Ou alguém faz uma queixa infantil da esposa e rapidamente decretamos que é um fracassado no amor, que seu casamento deve ser um inferno, pobre sujeito. É nestas horas que junto a ponta dos cinco dedos da mão e sacudo-a no ar, feito uma italiana indignada: mas que sabemos nós da vida dos outros, catzo?

Nossos momentos felizes se dão, quase todos, na intimidade, quando ninguém está nos vendo. 0 barulho da chave da porta, de madrugada, trazendo um adolescente de volta pra casa. O cálice de vinho oferecido por uma amiga com quem acabamos de fazer as pazes. Sentar-se no cinema, sozinho, para assistir ao filme tão esperado. Depois de anos com o coração em marcha lenta, rever um ex-amor e descobrir que ainda é capaz de sentir palpitações. Os acordos secretos que temos com filhos, netos, amigos. A emoção provocada por uma frase de um livro. A felicidade de uma cura. E a infelicidade aceita como parte do jogo — ninguém é tão feliz quanto aquele que lida bem com suas precariedades.

O que sei eu sobre aquele que parece radiante e aquela outra que parece à beira do suicídio? Eles podem parecer o que for e eu seguirei sem saber de nada, sem saber de onde eles extraem prazer e dor, como administram seus azedumes e seus êxtases, e muito menos por quanto anda a cotação de felicidade em suas vidas. Costumamos julgar roupas, comportamento, caráter — juizes indefectíveis que somos da vida alheia — mas é um atrevimento nos outorgar o direito de reconhecer, apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz.

A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só com a nossa permissão.


Martha Medeiros

Revista O GLOBO, 16/01/2005

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

GRITO

Grito por socorro em silencio absoluto,
Quero o refugio das aguas do mar,
E a melancolia nostalgica da lua mais bonita que ja vi na vida!

Quero me perder no ar, no invisivel pra niguem me encontrar...
Preciso do colo da mae natureza pra purificar a negra sombra que paira em meus olhos.
Invoco a mim mesma a quebra, a destruiçao, a queima de obras paradas no tempo construidas por minhas maos...

OS OUTROS TANTO NO MUNDO...

O mais legal de se sentir meio doida, ou vai, completamente louca eh o fato de descobrir ao longo dos anos, que nao se esta sozinho.
Quanto mais eu leio e estudo sobre loucura, ou pensadores, psicologos, viajantes de si mesmo ou do mundo, historiadores, enfim, quanto mais sei de pessoas, mais vejo que nao estou so e isso me conforta.

Sinto em mim o grande barato da loucura: a capacidade de se falar coisas que deixam algumas muitas pessoas com ponto de interrogaçao, outras que admiram sua doideira e outras que querem arrancar o seu pescoço por nao concordarem com seu modo de ver a vida.

Confesso que quanto mais quero agradar, mais me desagrado e acabo me enrolando em mim mesma sem conseguir sair do lugar. Sera que sou doente, sera que realmente to maluca? Enfim, nao sei. Mas enquanto isso vou me divertindo com isso, ate porque, ja sofri demais com as mesmas perguntas e mesmas dificuldades.

Vou viajar na minha loucura e me retirar um pouco para poder conseguir enxergar o que se passa nesta minha cabecinha enrolada e maluca.

Voltemos nos proximos topicos a falar da loucura alheia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

QUANDO...

Vida, minha vida, vida minha de meu viver, sorrio enquanto quero morrer...
Do brilho da chuva eu retiro energia,
Do azul do ceu eu visto a harmonia,
Da folha seca no chao, eu sou grao...

sábado, 21 de março de 2009

SABIO RENATO RUSSO...

" Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade, tudo está perdido mas existem possibilidades "

P.S. Mi, pois é... desequilibrar pra encontrar o equilibrio.
Uma pessoa se faz pela forma como se levanta e caminha após levar um tombo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

ARREPIA!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

UM POUCO MAIS DE LIVE

PQ A MINHA VIDA É ISSO, CADA ACORDE DESTES CARAS ME DÁ ARREPIO... SENHOR!!!

VIDA LOUCA VIDAAAAAAAAAAAAAAA...

Só posso dizer que quando se sente, se sente e não podemos contra as leis do universo...contra a divindade que governa esta terra...

O que é a energia? O que é destino? O que é o que é meu irmão???
Eu só sei dizer que cada coisa que acontece na minha vida acontece pra me provar que nao to louca, ou até posso estar, mas acontece sempre a partir de um sinal que sei-la de onde vem, mas vem e me arrasa por dentro quando eu me certifico de que o que eu senti nao estava errado. Como pode? Dom herdado da minha avózita? Não sei.
Coisa doida? To impressionada com tudo!

Eu só posso dizer que se cada vez que seguimos o coração estamos no caminho certo. E o que tiver que acontecer, vai acontecer, basta estarmos abertos para o novo!!!

Aff,to louca!!!!

bjo pra Susie que agora deve estar lendo isso me achando mais doida ainda
hahhaha

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

METAMORFOSE...

KAFKA...

Eu nunca tinha lido nada de Kafka, nada mesmo, só sabia da sua existência e de sua fama de complexo.

Bem estou lendo Metamorfose... Cara, impressionante como uma mudança provoca mudanças radicais na vida das pessoas a volta. Eu, bem como as pessoas que estudam o comportamento humano, sei que cada indivíduo é também fruto do meio em que vive, além de sua índole e tal, mas este livro, escrito lá no inicio do século 20 vem como mais um elemento para provar que todos nós sofremos com as transformações de tudo que está a nossa volta.
Kafka, com sua intrigante história, vêm de encontro com o nosso comportamento e atitudes consequentes de uma mudança. ~Tudo a volta passa a mudar. Os hábitos, os sentimentos...

Pois é, a gente só se conhece mesmo se viver, se permitir viver pra descobrir do que somos capazes.

As mudanças, por vezes não são aceitas ou compreendidas, mas acontecem sem a nossa autorização e querendo ou não, transforma a nossa vida e nos mostra do que somos capazes. Descobrimos o mal e o bem, descobrimos de que forma podemos caminhar, como nos comportar, como viver a partir dos acontecimentos. As mudanças servem pra acordamos, para aprendermos a saborear melhor o que nos é apresentado, por mais que seja amargo. As mudanças, as transformações, o novo, o desconhecido a ser descoberto, nos ajudam a evoluir, a evoulir a nossa humilde vida tão frágil e mortal.

Eu não contarei a história do livro, mas recomendo muuuuuuuito!

"Eu só sei que nada sei" - Sócrates

"E quanto mais eu sei, mais me assusto" EU :)